quinta-feira, maio 19, 2005

Inquéritos



[377] - O Altino sugeriu este inquérito e eu até o acho interessante. Estive para lho enviar para o e-mail, mas assim, serve de post. Então «é assim»:


1 - Na tua opinião a blogosfera lusa tem impacto na sociedade portuguesa?

Não sei bem. Afinal, quantos pessoas lêem blogs? Os suficientes para influenciarem uma sociedade? Mas penso que poderão ter criado um interesse renovado em temas recorrentes, sobretudo por parte da sociedade que lê jornais.

2 - Quem aconselharias a criar um blog e porquê?

O Cardeal Patriarca porque me parece uma pessoa inteligente, com substracto (não acredito que disse isto…) e poderia emitir opiniões e materializar reflexões que na sua condição de Patriarca dificilmente poderá fazer.

3 - Qual a tua opinião sobre os livros que nasceram dos blogs?

Acho óptimo. Não li nenhum, mas um dia será…

4 - Qual a tua opinião sobre blogs pagos?

Confesso ter alguma dificuldade nesta pergunta. Há blogs que leio e, a pagar, deixaria de ler. Penso ainda que os blogs pagos poderão trazer alguma perversidade à natureza dos mesmos. Por exemplo… se eu for inteligente e manhoso, poderei ajustar o que escrevo àquilo que eu julgo que as pessoas gostam de ler e isso adulteraria a génese do «produto». Assim, de borla, escrevo o que me apetece. Leiam-me ou não. Claro que gosto de ser lido, mas não me sinto compelido a pautar o que escrevo pelo que poderá agradar ou não quem me lê.

5 - No caso de já conheceres o Blog " Abrupto" qual a tua opinião sobre a carta à mãe que Pacheco Pereira lá colocou.

A minha opinião é que Pacheco Pereira quiz demonstrar o sentido de família de algumas décadas atrás, onde a comidinha e o quentinho e o temor das doenças eram o «pivot» das preocupações nacionais. E o amor filial, claro, como pedra de toque. Posso estar errado, mas creio que ele apontaria nesse sentido. Sentido que foi, aliás, amplamente explorado pelo Estado Novo. Ainda hoje há vestígios claros desta mentalidade. O conforto da «comidinha», do «quentinho» e a ida à farmácia em regime de visita periódica. Mas isto digo eu…

6 - Se o teu blog não fosse esse mesmo que blog gostarias de ter? Porquê?

Gosto do meu, que começou por acaso e hoje é um poiso natural dos meus ócios e do meu entretenimento (como aliás aparece no template). Mas admito que gostaria de cultivar alguma auto-disciplina e torná-lo um pouco mais temático. Qual o tema? Não sei bem… como não sei, vou continuando como estou e tenho tido bastante gozo.

7 - Alguma vez um blog te influenciou politicamente?

Não. De todo.

8 - Que celebridade "blogosférica" gostarias de conhecer e porquê?

Não sei bem o que entendes por «celebridade blogoesférica» ou, pelo menos, que sentido dás à coisa. Mas admito que há personalidades aqui pela Blogos que me fascinam e que gostaria, naturalmente, de conhecer. Bastantes mesmo. As suficientes para que as não mencione porque seria extensivo e certamente omitiria alguma, sem querer.

9 - Qual a tua opinião sobre os blogs anónimos?

Acho óptimo. O anonimato não tem que ser necessariamente perverso. Mas acho ígualmente óptimo que as pessoas se identifiquem, por outras palavras, é coisa que não me faz perder o sono.

10 - Qual a tua opinião sobre os encontros de bloggers?

Nada contra. Por acaso nunca me encontrei com ninguém nem fiz força por isso. Mas não me esquivo à pergunta. Acho que poderá ser saudável e gratificante, tanto quanto receio que isso se poderá tornar numa versão upgrade dos «Alunos de Apollo». E, neste, particular, sou muito sensível. Ainda cultivo o relacionamento humano numa matriz descomprometida em que cada um se insinua através das suas capacidades e idiossincrasias e não através de caldos de cultura apropriados ao efeito. Pelo menos, por enquanto. Um dia, não sei…