terça-feira, agosto 30, 2005

Dizer não...



[536]

"Mesmo na noite mais triste
Em tempo de servidão
Há sempre alguém que resiste
Há sempre alguém que diz não"

Parece-me que me enganei no post aqui em baixo. Ainda não estou totalmente certo disso, mas só a surpresa do discurso de Alegre é razão suficiente para que me retracte do que aqui escrevi. Mesmo que Alegre não se candidate, prestou já um inestimável serviço ao pais e à democracia. Independentemente do facto de não receber o meu voto.

Chapeau!

4 Comments:

At 10:21 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

Será, conjuntural, politicamente (porque o POETA fica!), a História só recorda os vencedores...

Abraço, IO.

 
At 10:51 da manhã, Blogger Guarda-factos disse...

Por acaso não concordo.
MAlegre sempre teve um tom pesaroso muito bem acompanhado por aquele timbre grave. Parece que algo de importante vai acontecer, mas não passa (quase sempre) de bluff e duma enfatização 'poética' ao serviço do discurso político. Porquanto, sabe bem ouvi-lo, transpõe sublimemente, diga-se, a irreverência e inconformismo tão próprios do seu legado poético para o púlpito e, ameaça, desbrava as suas verdades duma forma coerente e elegante, mas não é garante de nada mais para além de prosa solta, muita prosa solta.
Aliás, quando ele fala em «o já visto», ele próprio não se pode excluir (e ele sabe disso). Um homem da Palavra raramente precede a Acção, o que não quer dizer que não dissemine a Atitude. O que é sempre de louvar.

Abraço Amigo,

 
At 3:32 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

IO

Com os desenvolvimentos recentes, parece certo que Alegre renunciará. Talvez seja mais lisonjeiro para MA ser recordado como poeta e homem de letras do que como um vencedor de coisa nenhunma...
Abraço para ti também

 
At 3:37 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

JoãoG
Em face dos desenvolvimentos recentes e mastigando melhor as palavras de MA, sou forçado a dar-lhe razão (a si, João, não a a ele..).
Fica por saber se o registo foi mesmo de "enfatização poética ao serviço do discurso político", como diz, ou se o homem se sentiu mesmo impotente para contrariar o Partido e disse o que lhe ia na alma. Mas fica-me, pelo menos, uma consolação. Independentemente do facto da mais que certa renúncia, já ninguém apagará as palavras muito duras que ele proferiu a propósito deste verdadeiro embuste que é a candidatura de Soares.
Um abraço amigo.

 

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