quinta-feira, agosto 25, 2005

A execração dos EUA



Tokyo - 2005

[528]

A execração dos Estados Unidos, da Coca Cola à bomba atómica, é um fenómeno estranho para o qual procuro, talvez com demasiada frequência, alguma explicação. Sem grande êxito, aliás. Pois se entendo com relativa facilidade sentimentos anti-americanos em específicas partes do Globo, já a Europa se constitui, para mim, um verdadeiro "case study" que, muito provavelmente, se manterá para além da minha existência física. É evidente que tenho algumas ideias sobre a raiz do referido fenómeno mas gostaria de um dia poder chegar a uma conclusão sólida e detalhada sobre ele e, com isso, sentir-me-ia certamente muito mais completo.

Vale-me a existência de gente documentada, séria de propósitos e de ideias escovadas que, aqui e ali, me concede o privilégio de oferecer matéria factual suficiente para eu não pensar que ando sozinho na noite da desgraça e de repor verdades históricas, muito acima da intriga e conveniência política e, sobretudo, imune ao politicamente correcto.

Sem mais delongas, transcrevo um notável artigo de Luciano Amaral, no DN de hoje, para o qual, apesar dos esforços, não consegui link.

«Como se sabe, passaram 60 anos sobre o lançamento das bombas de Hiroxima e Nagasáqui. Ajudados pelo carácter único do evento (jamais o mesmo tipo de arma voltaria ser usado) e pela fotogenia do cogumelo atómico, sucederam-se por esse Ocidente fora (incluindo por cá) os exercícios mórbidos de condenação de mais um horror da autorias dos facinorosos "americanos".

Lá apareceu uma ou outra alma caridosa disposta a explicar aos moralistas de ocasião que, na II Guerra Mundial, as bombas atómicas não causaram mais vítimas do que bombardeamentos convencionais ou outras operações militares, e que, no ambiente moral daquela guerra, o género de destruição trazido pelas bombas desde cedo foi aceite e praticado pelos vários contendores.

Para dar apenas um de entre muitos exemplos possíveis, só no desembarque americano em Okinawa terão morrido, para além de uma multidão de soldados, cerca de 140 mil civis, os mesmos de Hiroxima e Nagasaki. Eis um tipo de correctivo perfeitamente inútil. Porque, entendamo-nos, os que condenam a Bomba não estão efectivamente preocupados com horror nenhum, tendo apenas como objectivo acrescentar mais um elemento (em conjunto com o Patriot Act, os restaurantes MacDonald’s, o massacre dos índios, o porte de armas ou o aquecimento global) ao processo de execração dos Estados Unidos da América.

A prova disso mesmo está no facto de ninguém se ter lembrado de falar em horror quando, alguns dias depois do aniversário das bombas, e a pretexto do aniversário da rendição japonesa, o primeiro ministro Koizumi veio pedir desculpa pelas acções do seu país durante a guerra. Talvez valha a pena lembrar exactamente de que é que Koizumi estava a pedir desculpa.

Koizumi estava a pedir desculpa pelas atrocidades cometidas no âmbito da então chamada "Esfera de Co-prosperidade Asiática", um eufemismo para o imperialismo japonês. Construída por um regime mlitarista e racista, a dita "Esfera" ia da China à Indonésia (Timor, por exemplo, conheceu directamente os seus efeitos) passando pela Coreia, a Birmãnia, as Filipinas ou a Malásia, e nela os japoneses não se pouparam a brutalidades, seja por motivos de exploração económica, seja por razões gratuitas.

O trabalho forçado de autóctones (a juntar ao dos prisioneiros de guerra aliados), por exemplo, foi usado de forma maciça, tendo ficado famosa a sua utilização na construção do caminho de ferro da Birmânia (retratada no livro e no filme A Ponte do Rio Kwai) onde se estima tenham morrido cerca de 100 mil pessoas. Contrariamente às convenções militares, inúmeros soldados aliados foram chacinados após as suas rendições. As experiências clínicas do exército japonês, em locais como a Unidade 731, terão utilizado de forma recorrente a dissecação de soldados vivos, havendo mesmo suspeitas de práticas de canibalismo.

Tanbém se sucederam os massacres gratuitos (em particular de chineses) em toda a região, de que ficou mais conhecido o massacre de Nanquim (1937), onde se estima terem morrido cerca de 100 mil pessoas. Diz-se que durante a ocupação da China, o Japão usou armas biológicas, com as quais terá envenenado a população de aldeias inteiras do país. Não se sabe ao certo, mas aponta-se para um número de cerca de 400 mil mortos por mês a taxa a que civis das áreas ocupadas e soldados aliados estavam a morrer, ao longo do Sudeste asiático, pouco antes do lançamento das bombas atómicas. Deste conjunto de actividades, estima-se que tenha resultado um número de mortos civis, de responsabilidade japonesa, algures entre os 10 milhões e os 30 milhões. Não admira que alguém já tenha chamado a isto " o outro holocausto".
Relembrar estas coisas permite devolver à sua correcta proporção o horror efectivo das bombas atómicas, para além de ajudar a explicar porque foram utilizadas. Argumenta-se muitas vezes, em favor da futilidade da sua utilização, com o facto de o Japão pretender então a rendição. A verdade é que nada disso é certo. Na estrutura político-militar japonesa havia os que queriam render-se e os que não queriam, e os que queriam não estavam dispostos a aceitar uma rendição incondicional. Ora, sem rendição incondicional as belas práticas humanitárias da Esfera de Co-prosperidade certamente prosseguiriam.

Foi o poder militar sem paralelo das bombas que levou o Japão à rendição incondicional. E só esta rendição permitiu aos EUA imporem a revolução institucional que substituiu o militarismo expansionista do general Tojo pela próspera democracia japonesa que ainda hoje conhecemos. Sem bombas atómicas, Koizumi não andaria agora a pedir desculpa em nome do seu país.

Claro que de pouco serve recordar estas trágicas verdades históricas. As almas sensíveis aos horrores de Hiroxima querem lá saber dos outros (incomensuravelmente mais horrorosos) horrores a que a dita bomba pôs termo. Se se lhes desse importância, como seria então possível continuar a condenar a "barbárie americana" que por aí continua a vigorar no mundo? Claro que não seria. E isso é que interessa.»

Horrores, Luciano Amaral in DN – 25/8/05
Luciano Amaral escreve também habitualmente no O Acidental e O Insurgente

14 Comments:

At 4:27 da tarde, Blogger Zu disse...

Acho (na ingenuidade que me espanto de continuar a ter) que em relação à bomba atómica o problema passa para além da mera execração dos EUA. Tem a ver com o medo do que é atómico,e com tornar evidente a capacidade humana de inventar tecnologias que podem ser usadas para uma destruição com efeitos desconhecidos e que se prolongam no tempo. Eu sinto esse medo, independentemente de compreender a utilização das bombas em Hiroshima e Nagasaki. É um pouco como se se tivesse aberto a porta a novos demónios, ou se tivesse acrescentado mais um aos cavaleiros do Apocalipse.

 
At 5:48 da tarde, Blogger Teófilo M. disse...

Vejo com satisfação que temos novo historiador em perspectiva, o que num país com tão poucos historiadores é de saudar.

Fiquei a saber que para além de uma multidão de soldados (não sei ainda quantos são uma multidão, mas tendo em conta que estavam frente a frente 150.000 militares japoneses e 180.000 americanos numa campanha que durou 82 dias, devem pelo menos 130.000), enquanto no fogo cruzado morreram outros tantos civis.

Mas foram precisos 82 dias, oitenta e dois, para os matar, enquanto em Hiroshima e Nagasaki de uma penada morreram, não os mesmos, pois os mortos não morrem duas vezes em locais distintos, nem sequer a mesma quantidade, pois foram 210.000 nos primeiros dias e não está feita ainda a contabilidade dos que morreram depois e nas sequelas das mesmas.

Pelos vistos o notável Daniel Amaral nem contas sabe fazer, e pretende comparar o incomparável, ou seja realidades diferentes.

Pelos vistos esqueceu-se também do bombardeamto de Tóquio em que morreram mais 100.000, e de outras peripécias da Segunda Guerra Mundial que levaram a massacres sem pés nem cabeça.

Depois começa a debitar a título de comparação, valores que não conhece, ou que nem sequer pesquisou em condições, para tentar desculpar duas atrocidades sem sentido e que em nada afectaram o curso da guerra, segundo generais americanos que me merecem muito maior crédito do que este nóvel historiador.

Quanto ao parágrafo final do texto, tanta falta de gosto e educação, assentes na soberbia da abusiva interpretação que faz do pensamento e sentimentos de outros que jamais verão as guerras a preto-e-branco, é sintomática da clarividência do autor.

Lamenta-se que o espumadamente ache o texto notável, a não ser que apenas queira salientar que é digno de nota vermos interpretações tão absurdas como esta.

 
At 8:18 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

Zu
A guerra é uma galeria de horrores e concordo contigo na ideia de a bomba atómica veio abrir novas portas à carnificina. Mas o artigo do Luciano Amaral não é a "desculpar" a bomba, mas sim o posicionamento das pessoas em relação ao bombardeamento (horroroso) de Hiroxima e Nagasaki.
Obrigado pelo teu comentário.

 
At 8:27 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

teófilo m.

O seu comentário merece uma resposta em duas velocidades:
1ª O artigo não é meu, é do L. Amaral (e não Daniel Amaral...)e por isso será com ele que o Teófilo devrá discutir a bondade do artigo, bem assim como a sua (dele, Luciano Amaral) pretensa falta de educação;

2ª Na parte que me diz respeito, as suas contas, números e velocidade de matança (82 dias ou instantaneamente...) criam-me algumas dificuldades de discussão. Pura e simplesmente não entendi. Quanto ao seu lamento sobre o facto do Espumadamente dar guarida a um jornalista do gabarito de LA, eu não lamento nem deixo de lamentar. Está no seu direito, por muito lamentável que seja.

 
At 12:43 da manhã, Blogger Madalena disse...

Nestas coisas sou muito simplória, Espumante: guerra é horror; bomba atómica é horror. Esta é mais horrível porque não devasta só no imediato, tanto quanto sei.
E olha que eu sou bem ignorante destas coisas!
Parece que a América é propícia a sentimentos extremos: ou se ama, ou se odeia. Mas parece-me que isso advém do facto de ser poderosa e de já ter usado vezes sem conta o seu poder no seu interesse e não no interesse da humanidade.
Eu não gosto daquilo em que não confio. Eu não confio na América!
Mas confio em ti!!!
Um beijinho!

 
At 12:05 da tarde, Blogger Teófilo M. disse...

Resposta em duas velocidades:

1ª - Lamento ter trocado o nome de L Amaral por Daniel Amaral, e como não tenho correspondência com o senhor, resolvi comentar no sítio onde vi o artigo reproduzido, o que me parece normal;

2ª - Quanto às dificuldades de discussão criadas, não são de minha responsabilidade, mas apenas de quem não quer entender as diferenças de resultados entre um acto único (em dois locais diferentes) e uns largos milhares de actos ocorridos numa ilha inteira. Não se criticou tampouco a guarida que o espumadamente dá a quem entende, mas apenas à classificação que atribuiu ao texto escrito, assim como também não se comentou o gabarito do jornalista - pois nem sabia que o L. Amaral o era - criticou-se sim, a dificuldade em saber fazer contas e em arranjar amostras que sejam passíveis de comparação.

 
At 2:15 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

Madalena

Nunca fez o meu género a emulação de povos pelas suas virtudes. Já a inversa me suscita um espírito muito crítico, sobretudo quando a injustiça assenta arraiais.
Eu entendo e respeito opiniões fundamentadas, sobretudo de gente que sabe mais do que eu. Neste caso do artigo do LA, eu limitei-me a identificar-me com a história, com matéria factual e não com sensibilidades. E a matéria factual obriga-me a pensar que os grandes genocídios, a grande violência sobre a humanidade foram quase sempre conduzidos por povos que não os americanos. Ocorre-me o holocausto, os grandes factos descritos pelo LA aquando da aventura imperialista e racista do Japão, ocorre-me o colonialismo, o comércio de escravos, as próprias cruzadas, o terrorismo de matriz islâmica, enfim, uma lista extensíssima de acções de que a humanidade não pode orgulhar-se. Ora, tudo isto que acabei de referir tem a ver com muitos povos, sobretudo europeus – que fazem guerra desde que a Europa existe e mesmo antes, tiveram ideais expansionistas, práticas racistas e xenófobas e cometeram as maiores atrocidades, algumas delas bem recentemente. Do colonialismo, nem se fala. E associada a ele, a escravatura, onde os proprios povos africanos não estão inocentes, pois se os portugueses e holandeses vendiam escravos para a América e para o Brasil tinham de os comprar a alguém e esse alguém era africano. Aliás… ainda hoje, como sabes, a escravatura é um bocadinho como a varíola, ou seja está oficialmente erradicada mas existe. No meio disto tudo, não me ocorre qualquer acção dos americanos que consubstanciasse a opressão e genicídio atribuídos a outros povos. They ain’t saints mas não tiveram colónias, não comercializam escravos e mesmo os conflitos armados em que estiveram envolvidos, ou fizeram-no em defesa duma causa e em ajuda da liberdade – II Guerra Mundial onde, mesmo assim, tiveram de lutar com a hipocrisia, altivez e cinismo europeus – ou em contextos muuito específicos como foi o caso do Vietnam e da Coreia, em defesa de um ideal de liberdade que os europeus não souberam defender perante a ameça da extinta União Soviética que, para os distraídos, não hesitava na sua política de expansionismo e genocídio, como aconteceu em Praga, Budapeste, Varsóvia e muitos outros locais, e com o puro extermínio de opositores, como fez Stalin.
No fundo, no fundo, não me ocorre uma acção dos americanos de imperialismo no estado puro, o genocídio, a limpeza étnica e outros horrores de que os europeus foram lídimos agentes. Claro que há os índios, o Panamá, Grenada… Guantanamo e outras areias de uma engrenagem complexa como seja a defesa das liberdades e da democracia e a luta contra o terrorismo.
Mas isto digo eu, modesto cidadão que actua pela sua própria sensibilidade e se habituou a validar o que estudou e, talvez mais importante, a experiência viva de algumas destas situações, como seja um longo período de vivência em África.
E tive muito gosto em te deixar aqui estas linhas. Acho que podia falar ou escrever horas sobre este tema, mas não quero maçar-te nem ser repititivo. E também confio em ti – não confio é naqueles que não acreditam no que eles próprios dizem. E tu não és, com certeza, um deles. Pareces ser uma das mais transparentes pessoas que conheço.
Beijinho muito amigo para ti.

 
At 2:27 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

Teófilo m.

Terá que ser em duas velocidades de novo:

1ª Insisto em que deverá e poderá sempre contactar o Luciano Amaral ,pois até indiquei os blogs onde ele escreve. Aliás, o Teófilo ainda há dias lá deixou um comentário… qualquer coisa como “porque é que não se fazem greves para haver escolas melhores, a propósito do programa televisivo Praça da Alegria”. Não vou, portanto, acomodar a discussão que deverá ser entre o Teófilo e o LA.

2ª O Espumadamente é um modesto blog com cerca de 200 a 250 visitas diárias e não tem qualquer pretensão a blog de referência. Muito menso o seu autor semeia por aí comentários do tipo, como se diz agora, fracturantes, para aumentar as visitas. O Espumadamente tem as visitas que tem, todas elas geradas a partir de um posicionamento natural, sem recurso à falta. De um modo geral as pessoas que o lêem apreciam o blog, mesmo discordando frontalmente de mim, e eu aprecio quem me lê, pelo menos os que sei quem são. Não sei se preciso de dizer mais alguma coisa sobre isto, mas creio que é suficiente…

 
At 10:19 da tarde, Blogger Madalena disse...

Eu também sei que confias em mim e também me sinto bem por aqui, pois sentimo-nos sempre bem se somos bem recebidos. Não temos de ser todos do Sporting!!! Não temos de ser todos apoiantes do mesmo Mário Soares... Uma maneira de dizer, claro!
Os americanos tem exactamente isso que eu não gosto: é que em nome da liberdade, também cometem atrocidades e a bomba atómica foi uma atrocidade. Pelo menos eu entendo assim! Há pessoas, e eu ouvi ou li algures, que ainda morrem com cancros por causa dessa bomba.
Vamos limpar o mundo dos maus todos?
Beijinho amigo para ti, Espumante e obrigada pelo mail.
Bom sábado!
Já sabes: se tu fechas a tasca, eu também fecho. Por isso fico feliz por ver que te aguentas neste balanços. És bom marinheiro, não és?

 
At 10:43 da manhã, Blogger Teófilo M. disse...

Caro espumante:

O meu comentário de há dias, foi uma crítica ao artigo e ao seu autor, e só o fiz aqui, porque não vi este texto publicado nem n'O Acidental, nem n'O Insurgente, daí a razão de não me dirigir ao L. Amaral, nem fazer tenção de o fazer, pois acredito que ele lê o espumadamente e se quisesse responder já o teria feito.

Gostei também de saber que tem interessantes leituras diárias, e pelo menos uma é minha, pois gosto de ler o que por aqui aparece, mesmo não sendo um 'blogger' de referência.

Eu também aprecio quem me lê, só que os aprecio a todos e não me importa muito saber quem são, basta-me que o meu ponto de vista seja mais um que possibilite que se questionem mais um pouco.

Quanto aos que por aí semeiam comentários fracturantes, confesso que não entendi, pois nunca vi nenhum comentário fracturar nada, e os que vou deixando pelos locais onde passo, são os normais, para um recém-chegado a este estranho mundo da informaçao, pois nem todos sempre temos todo o tempo do mundo para fazer o que queremos, quando queremos.

Cumprimentos

 
At 3:12 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

Teófilo m.

Meu caro Teófilo
Eu conheço apenas uma ínfima parte dos que le lêem. Muitos deles discordam frontalmente de mim. O que verdadeiramente me irritou não foi o facto de o Teófilo discordar... foi o facto de lamentar que, etc., etc.
De resto, tudo bem. Felicidades para o Akiagato, sinceramente, e discorde sempre.
Um abraço

 
At 1:48 da tarde, Blogger Teófilo M. disse...

Caro espumante,

juro que para a próxima não vou até ao Muro das Lamentações...

Cumprimentos

 
At 5:26 da tarde, Anonymous Anónimo disse...

Eu concordo plenamente com o conteudo do artigo do Luciano Amaral e com as razões que te levaram, caro Espumante, a trancreve-lo aqui. Naturalmente que o artigo não é nenhuma apologia da bomba atomica e dos horrores das guerras. Antes pelo contrario.
O Teofilo M. tem uma visão diferente e critica. Muito bem. Esta no seu direito. Mas podia te-lo dito sem insultar e menosprezar o autor do artigo. Que teve pelo menos a coragem de assumir uma posição que sai dos lugares comuns do politicamente correcto e da demagogia "boazinha". O Teofilo até pode ser uma pessoa simpatica, generosa, e cheia de muitas outras qualidades. Mas aqui, na discussão de ideias, mostra um estilo agressivo e arrogante que é normalmente sintoma de falta de respeito pelas opiniões dos outros, sobretudo quando estas são diferentes. Condimentos primeiros, mas essenciais, da intolerancia, da violação de direitos, da barbarie. Não admira que ele tenha uma indisfarçavel alergia aos americanos. Como foi aqui referido, com todos os seus defeitos e erros, os americanos são uma grande democracia e tem feito mais pela liberdade e pela paz no mundo do que qualquer outro povo e nação dos tempos modernos.
Um abraço.

 
At 10:19 da manhã, Anonymous Anónimo disse...

BANDO DE IGNORANTES!

O QUE REALMENTE OCORREU EM NANQUIN?

VER O SITE http://www.ne.jp/asahi/unko/tamezou/nankin/index-e.html

MUITO SAFADO ESSES CHINESES E AMERICANOS!

E O BIN?

 

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