quinta-feira, dezembro 13, 2007

Almoço no Museu dos Coches


[2201]

Almoçarão aqui os vinte e sete chefes de Estado europeus, onde chegarão de “amarelo da Carris”. Pouco antes terão assinado o Tratado com uma caneta de prata individualizada com o nome de cada qual. Um grupo coral lisboeta interpretará o hino da alegria e, a seguir, ouvir-se-á a Canção do Mar. Foto de família tirada e seguem para o eléctrico que os levará para o almoço, nas mãos de uma guarda freios loura de 30 anos e com cinco anos de serviço.

O sumo do acordo é este e eu peço licença para pensar que poderá ser um primeiro passo para os meus bisnetos poderem vir a morar num quarteirão do mundo, seguro, próspero e civilizado. Parece que há muito lixo que tem de ir para baixo do tapete, como disse JPP no Prós. Mas julgo incontornável caminhar por um caminho qualquer que nos conduza a um porto seguro onde, em total respeito pelas liberdades e direitos humanos, consigamos manter a identidade europeia com tudo o que isso representa de valores civilizacionais, de liberdade e de respeito pelo indivíduo que cada um de nós, melhor ou pior, é. Mesmo que o processo seja longo e a via sinuosa.

E o programa da cerimónia, tal como o local, parece-me excelente. Há coisas em que nos mantemos imbatíveis – um fino gosto e lhaneza na arte de bem receber. Não sei qual será o menu do almoço no museu dos coches, mas tenho a certeza de que será uma finíssima amostra de excelente gastronomia. E se Sócrates não estragar tudo e começar com oratorical flights provincianos e matrecos, a coisa, no fim, junta e somada, vai correr muito bem. E eu fico todo contente porque acho que se deu mais um passo no sentido do europeísmo que eu gostaria de ter para todos nós.

A politician chosen to be president of the European Council for two-and-a-half years, replacing the current system where countries take turns at being president for six months

A new post combining the jobs of the existing foreign affairs supremo, Javier Solana, and the external affairs commissioner, Benita Ferrero-Waldner, to give the EU more clout on the world stage

A smaller European Commission, with fewer commissioners than there are member states, from 2014

A redistribution of voting weights between the member states, phased in between 2014 and 2017

New powers for the European Commission, European Parliament and European Court of Justice, for example in the field of justice and home affairs

Removal of national vetoes in a number of areas


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5 Comments:

At 10:10 da manhã, Blogger 125_azul disse...

Pois eu cá sou muito bem mandada: o menino anda a acordar mais tarde e a postar a desoras? Não há nada a fazer, a não ser vir à segunda volta. Ouvi dizer que o prato principal é pézinhos de coentrada. De sobremesa, baba de camelo, em homenagem àquele ministro que tu sabes.Parece-me bem. Eu cá não comeria, por isso não me convidaram.
Bom almoço (um bifinho com batatinhas fritas, suponho?)
Beijinhos

 
At 10:13 da manhã, Blogger 125_azul disse...

PS: Ófaxavor de ir aos comentários do post anterior e dizer o que achas dos chupa-chupas de anjinhas com totós louros!

 
At 1:58 da tarde, Blogger António de Almeida disse...

-Mas preferia que cumprisse a promessa do referendo! Até poderia ser uma das poucas que conseguiria.

 
At 8:37 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

azulinha
Já fui, já chupei o chupa-chupa e já respondi ao comentário
:)

 
At 8:39 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

antónio de almeida
Eu também acho que as promessas são para cumprir. No caso do referendo, tenho tido algumas dificuldades em definir exactamente a minha opinião. Independentemente da noção que tenho de que promessas são para honrar. E conheço a sua opinião, através dos seus posts.
Um abraço

 

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