terça-feira, dezembro 30, 2008

O costume


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António Vilarigues é comunista (deduzo eu pelo que escreve no seu blogue e no Público) e não tenho nada com isso. Já tive com isso com outras gentes, outras latitudes e outras circunstâncias mas isso não vem agora ao caso.

Mas lendo o que Vilarigues escreve neste post, a propósito daquilo que ele chama a "derrota da Colômbia" não consigo evitar um sorriso. Ouvir um comunista falar de purgas, de pobreza, atentados à vida, à liberdade e integridade física, populações deslocadas à força só pode ser um exercício de mau gosto e humor duvidoso. Ou Vilarigues não sabe do que fala ou pensa que está a escrever para tolos.

Vale a pena ir ao Castendo. Por entre transcrições do Avante, fotos do Che, declarações de Cunhal, referências ao Médio Oriente e onde não falta mesmo o toque intelectual com uma referência a H. Pinter encontrará este post. Se, como eu, tiver uma noção mínima dos comunismos recentes em países de relativa proximidade a Portugal, acabará por sorrir. Outra opção é deixar a náusea vir ao de cima e desligar o blogue

Nota: Há transcrições avulso de Vilarigues aí pela Blogos e há comentários deliciosos. Atente-se neste comentário a um post que cita Vilarigues: "Pena… que a grande maioria dos cidadãos seja embalada na novela da tonta da Ingrid Bettancourt e não leia isto".

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5 Comments:

At 1:17 da tarde, Blogger António Chaves Ferrão disse...

Espumante
Obrigado por dares a conhecer aos teus leitores um sítio onde podem obter informações censuradas pela televisão e pela rádio.
Um Bom Ano de 2009 para ti.

 
At 8:33 da tarde, Blogger Nelson Reprezas disse...

antónio ferrão

Toda a gente sabe que não há censura na rádio e na televisão. O que não podemos é exigir que publiquem tudo aquilo que queremos dizer. Há critérios que têm de ser seguidos, mormente nos aspectos quantitativos, sobretudo no que diz respeito às televisões privadas. Sabendo-se da verve dos comunistas era o que mais faltava se uma televisão se sentisse na obrigação de publicar as longuíssimas e repetitivas matérias em que os comunistas são exímios.
De qualquer modo, com censura ou sem censura, repito que ouvir Vilgarigues falar de purgas, de pobreza, atentados à vida, à liberdade e integridade física e populações deslocadas à força só pode dar vontade de rir. O post ia nesse sentido, pelo que acho a tua alusão à censura (que não existe, basta contar os dislates que se ouve todos os dias aos inúmeros Vilarigues da paróquia)completamente desfazada.
Um abraço

 
At 11:43 da tarde, Blogger António Chaves Ferrão disse...

...Mais recentemente o Presidente não conseguiu abafar outro escândalo provocado pela revelação de que o Alto Comando do Exército esteve envolvido no assassínio de jovens camponeses. Os seus cadáveres tinham sido apresentados à comunicação social como sendo guerrilheiros abatidos em combate. Soube-se depois que, numa tétrica e miserável encenação, lhes tinham sido vestidos uniformes das FARC. A indignação popular foi enorme. Os seus ecos chegaram ao Congresso. O comandante-chefe do Exército, general Mário Montoya, bem como 27 oficiais e sargentos implicados no crime, foram forçados a demitir-se....

É impensável que as televisões, constantemente ligadas às agências internacionais de informação, não tenham tido conhecimento desta notícia.
Não há censura? Cada um acredita na história que quiser. Até na carochinha.
Um abraço

 
At 9:48 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

antónio ferrão

"...De qualquer modo, com censura ou sem censura, repito que ouvir Vilarigues falar de purgas, de pobreza, atentados à vida, à liberdade e integridade física e populações deslocadas à força só pode dar vontade de rir. O post ia nesse sentido..."
- Do meu comentário anterior.

 
At 8:35 da tarde, Anonymous CRN disse...

A única realidade que senti na pele foi a ditadura salazarista.

A revolução é hoje!

 

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