sexta-feira, dezembro 26, 2008

O "good provider"


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O conceito de homem da casa, o maridão, o paisão, o chefe, ou, na expressão mais conservadora dos anglo-saxónicos, o provider, falou. Não disse nada, limitou-se a dar passagem àquele fluxo torrencial de propaganda, aquele ”pentes prós carecas, elásticos prás cuecas, comprem meninas comprem, meias da marca corona”, nada que Sócrates não martele insistentemente e que põe os nervos em franja àqueles que acham que uma mensagem de Natal poderia e deveria ser tudo menos uma pretensa pérola de mercado, uma peça digna de carpet seller do Egipto ou democrata sul americano, como este primeiro ministro insiste em usar para lidar connosco. A todos (todos foi uma das palavras que Sócrates mais usou na mensagem, li por aí, algures), sobretudo aos que acham que uma mensagem de Natal num país civilizado é uma mensagem apropriada de votos de bem estar e conforto no seio de família, numa quadra querida aos portugueses e aos povos ocidentais em geral.

Nem a dinâmica de Natal consegue quebrar o azedume da referência obrigatória a uma mensagem de natal pelo mais irritante dos primeiro ministros, logo a seguir a Guterres. Peço desculpa. Logo agora que andava tão “carols”, “jingles” and the like…

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1 Comments:

At 5:15 da tarde, Blogger Teófilo M. disse...

Já não vejo esses discursos pois já sei a música de cor...

 

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