segunda-feira, dezembro 21, 2009

A cartilha

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À peixeira, diz o vulgo que lhe salta o pé para a chinela quando lhe vêm os azeites. Aos socialistas deve saltar-lhes a língua para a cartilha que, mesmo puída, lhes continua a nortear as tácticas. Que de tácticas vivem eles, já que de eficiência governativa pouco lhes ensina a cartilha que os iluminou há três décadas atrás e que eles foram reciclando a medida que foram «crescendo».

Só assim percebo a diatribe de Sérgio Sousa Pinto que, vindo da penumbra onde vivia, de repente achou que o Presidente a República não tem nada que se «intrometer» nos assuntos do PS. E disse-o com aquele ar que fez escola de que quem se mete com o PS, leva. Resta saber se Sérgio actuou de motto próprio ou se a missa lhe foi cantada pelo chefe, que ia com ele dizer umas coisas numa sessão qualquer. Para além da inocuidade da afirmação de Sérgio, fica a sensação de grosseria vinda de quem nada se lhe conhece senão o patrocínio das chamadas causas fracturantes, quando o jovem Sérgio estava ainda na JS. Alguém deveria ensinar-lhe que mesmo nos devaneios mais idiotas, o respeito pela dimensão de figuras como Cavaco Silva, pessoal ou institucional, deveria fazê-lo primeiro contar até dez.
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