domingo, fevereiro 21, 2010

Ai que saudades, ai, ai


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Havia um jornalista desportivo, designação um pouco redutora já que Carlos Pinhão também escreveu livros para crianças, que assinava uma rubrica no jornal A Bola titulada “Ai que saudades, ai, ai". Eu era ainda muito jovem e não era grande consumidor de jornais desportivos, mas gostava particularmente do Carlos Pinhão. Tinha uma escrita simples, escorreita e elegante e as crónicas do “Ai que saudades, ai, ai” ficaram-me gravadas na memória. Nelas, ele recordava momentos de futebol, de futebolistas, de episódios com colegas ou viagens que fazia a acompanhar o seu clube de sempre, que eu não digo qual é porque Carlos Pinhão tinha de ter um defeito qualquer, não é?

Ao ver esta foto aérea de Maputo, lembrei-me do Carlos Pinhão. Tal como as suas crónicas recordavam coisas boas, descartando as más, também eu, ao olhar para esta foto, fui invadido por uma sensação reconfortante de coisas boas que me aconteceram nesta cidade, Uma das cidades mais bonitas de África, diria eu, que conheço bastantes. E ao procurar uma foto da embaixada de Portugal acabadinha de ser pintada de cor de rosa, encontrei esta vista aérea da parte alta da cidade, da zona residencial. Não se vê a Baixa, mas o ângulo da foto é muito feliz, reconhece-se as Torres Vermelhas e, logo abaixo, os mais atentos poderão reconhecer o Hotel Cardoso com a sua piscina mesmo debruçada sobre a escola Náutica. Já do lado direito é também bem visível o Clube Naval e o maciço verde da vegetação que envolve o “Caracol” até lá cima à Friedrich Engels. Bem visível, também o troço da Marginal que liga o Clube Naval à Escola Náutica.

Este post é muito simples, Não tem mensagem, não tem conteúdo especial, não tem nada que não seja a evocação do tal título do Carlos Pinhão. Ai que saudades, ai, ai…
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2 Comments:

At 8:39 da tarde, Blogger estouparaaquivirada disse...

Que bem que conheces a cidade!
Vivi lá um ano, a minha mãe era de lá.
Não leio a Bola, mas parece-me que escreve lá uma Leonor Pinhão (estarei a confundir tudo???), acho que até entrevistou a Carolina Salgado, quando se estava a fazer o filme...Estás a conhecer esta história?
Será que ela é filha deste senhor?????

 
At 8:22 da manhã, Blogger Nelson Reprezas disse...

Papoila
Sim, conheço Maputo como as minhas mãos. Talvez melhor... :))
Quanto à Leonor Pinhão, ela é realmente filha do Carlos Pinhão que já morreu há uns anos

 

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