sexta-feira, janeiro 07, 2011

Esta gente não presta mesmo


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O estrilho que vai por aí com as acções de Cavaco Silva tem a ver com tudo menos com a tentativa de ele não ser reeleito. No fundo, até os terroristas verbais de serviço no Bloco sabem que Cavaco vai ganhar e limitam-se a aproveitar o tempo de antena para fazer a única coisa que sabem fazer. Ser rudes e malcriados. O melhor mesmo é não lhes ligar nenhuma e deixar isso para os jornalistas jovens que precisam de mostrar serviço.

Já com o PS, a coisa fia mais fino. Esta colagem do episódio de um pseudo assassinato de carácter aos episódios recentes de Sócrates não é inocente. Serve para provar que qualquer pessoa séria pode ser atacada por «campanhas negras». Cavaco hoje, Sócrates, ontem. António Costa ontem, na «Quadratura do Círculo», até lhe fremia o hímen ao enveredar por essa estratégia. Dizia ele, sem se rir e com aquele ar autárquico que Deus lhe deu que o País não pode andar de campanha em campanha a discutir o carácter dos candidatos.

Cabe perguntar a António Costa quem é que anda a discutir o carácter de Cavaco. O que se anda a fazer é convergir o debate da campanha para o episódio das acções, para o que Alegre anda a fazer uma triste figura nos intervalos dos seus «textos literários» de publicidade e das sua cogitações anti-imperialistas, pensando no que se há-de fazer agora, ultrapassada que está a necessidade de dar uma arma a cada combatente da liberdade para matar portugueses, a caminho da revolução socialista (isto de se ter mais de cinquenta anos e boa memória é uma chatice para esta rapaziada socialista soixante-huitard).

É de acreditar que as pessoas não andam distraídas e não vão misturar esta estratégia de ataque a Cavaco Silva às tropelias (vamos chamar tropelias…) do inenarrável Sócrates. José Manuel Fernandes tem mesmo razão. Esta gente não presta.

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