sexta-feira, fevereiro 10, 2012

A toleima como desporto nacional

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Não concordo que o AO se deva ao desejo de agradar ao Brasil ou a qualquer outro país. Também se percebe que não foi a pensar em negócios de ocasião, como a venda e revisão de livros, mecanismos de correcção ortográfica dos computadores ou outras oportunidades de negócio, ainda que bem-vindas, tal como os custos elevadíssimos de tamanho despautério pouco interessaram aos «culpados». Por mim, o que verdadeiramente moveu quem quer que seja que se tenha lembrado de castrar, mudar, ofender e desrespeitar o português enquanto língua de personalidade própria e étimos bem definidos e consagrados foi uma dose clara de narcisismo, aliada ao pensamento correcto de umas quantas mentes iluminadas que acordam de manhã com a clara convicção que mudarão o mundo e as pessoas tal como merecem ser mudados. E eles são os messias modernaços da coisa.

Que fique bem claro que sou um apreciador descomplexado da forma cantante, colorida e alegre com que os brasileiros falam. Para além de admirar a sua espantosa verborreia e deliciosa criatividade e, ainda, a desenvoltura com que se expressam. Basta ouvir meia dúzia de apontamentos de reportagem das televisões portuguesas para invejarmos os brasileiros, neste particular.

Já agora, tiro o chapéu a Angola e a Moçambique que mantiveram a decisão firme de não alinhar em patetices, de resto tal como a Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa e outras instituições. O que só lhes fica bem. Chapeau!

E.T. Boneco roubado daqui
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