quarta-feira, abril 11, 2012

Falta de decoro, falta de respeito

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As pessoas podem ter uma fatalidade e acontecer-lhes qualquer coisa que lhes dane o corpo ou obnubile a inteligência e o discernimento. Ou mesmo, estando sãos, têm o direito de dizer os disparates que lhes aprouver. Mas se lhes resta uma ponta de vergonha na cara, tinham a obrigação estrita de manter pelos portugueses o respeito que lhes é devido, na justa medida em que são eles que lhes pagam, mas uma coisa é pagar-lhes outra, bem diferente, é aparar-lhes os desmandos ou, quem sabe, os resultados de uma política amoral, obscena e dolosa.

Uma mulher inteligente e que chegou a ministra de educação deve conter-se e não fazer afirmações destas, sobretudo quando elas representam um claro desafio ao Tribunal de Contas e estão em causa centenas de milhões (vou repetir, centenas de milhões de euros) em proveito não se sabe bem de quem, mas sabe-se bem de que bolsos saíram. E, não se contendo, deveria, pelo menos, reflectir nas risadinhas dos seus próprios correlegionários.
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