sexta-feira, janeiro 11, 2013

A antiguidade é um posto?




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EU : - Boa tarde Dr. TC, deixe-me apresentar-lhe aqui o engenheiro PR...
TC: - Pois, muito prazer em conhecer.
Meu colega (PR): - Muito prazer Dr. TC.

O grupo senta-se para almoçar, a conversa generaliza-se e a dada altura...

MEU COLEGA: - Mas o Dr. TC está a ver a coisa... desculpe... posso tratá.lo por T... não posso?
TC: - Mas claro, pode e deve.
MEU COLEGA: - Então o T está a ver, a situação é clara e não deixa margem a dúvidas. Se o T quiser, poderei mandar-lhe depois umas gravuras etc., etc., etc., etc.,

Mais tarde, no carro, e já sem o TC:

MEU COLEGA: - Ó engenheiro, a coisa correu bem? O que acha?
EU: - Acho que sim, foi óptimo...
MEU COLEGA: - E o que acha de eu deixar de lhe chamar doutor? Embirro solenemente com esta coisa do engenheiro e do doutor, o que é que acha, engenheiro?
EU: - Acho óptimo, eu também embirro.
MEU COLEGA: - Ainda bem que o engenheiro concorda comigo

Nos 200 kms seguintes até Lisboa, procurei algumas razões para a deferência deste último diálogo do PR comigo. Encontrei algumas. Não gostei. Entre elas a de que a antiguidade é um posto. Treta. Ainda se ela não significasse sermos respeitavelmente remetidos para uma galeria de venerandas figuras a quem há que, aqui e ali, arear os amarelos com uma boa dose de solarine...
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