domingo, julho 28, 2013

Barba «à la mode de chez nous»

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Tem de haver uma razão forte para a grande quantidade de portugueses que usa barba. Não se trata de uma barba convencional. É uma barba cuidadosamente desalinhada, meticulosamente rebelde e não maior que uma barba de meia dúzia de dias. 

Naturalmente que uma barba deste tipo tem de dar comichão e destrói colarinhos de camisas a um ritmo acelerado, para além de não dar muito jeito para a sopa ou para determinados tipos de sobremesa. Mas tem de ser assim. Os porquês é que não consigo descortinar. Terei as minhas opiniões mas guardo-as para mim, primeiro porque não estou verdadeiramente certo de que estejam correctas, segundo porque me arrisco a que um barbudo me pergunte o que é que eu tenho a ver com isso ou, pior, afirme que não entende porque é que eu faço a barba todos os dias.


Mesmo assim é curioso que a barba que refiro, e que de repente parece ter-se tornado «viral», como agora se diz, marca indubitavelmente um estereótipo. Normalmente, ainda, enquadrado num determinado cenário. Só a SIC, por exemplo, conta pelo menos com dez barbudos do tipo referido. E falo só de figuras conhecidas. Mas não pode ser só uma questão ambiental. Tem de haver uma razão qualquer. Ainda que uma para cada um dos barbudos, aceito a existência de uma qualquer afinidade subjacente.















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