domingo, setembro 08, 2013

As paixões do socialismo


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Ou, talvez com mais propriedade, as paixões dos socialistas. Uns apaixonam-se mesmo, outros nem se apaixonam nem deixam de se apaixonar, limitam-se a achar que é assim e que toda a gente deve achar o mesmo e assumir a obrigação moral, o dever cívico de votar nas pessoas correctas com paixões correctas.

O problema reside no facto destas paixões serem como que uma espécie de erecção matinal e de os socialistas acharem que elas são as «boas práticas». E então apaixonam-se imenso, sem respeito por nada nem por ninguém, muito menos reflectindo sobre as gravosas consequências destes estados de alma. Quando a erecção lhes passa, vão-se embora. Uns vão cuidar de refugiados por esse mundo fora, outros vão estudar filosofia para Paris. Uns calam-se, outros continuam na sua tagarelice idiota, imoral e obscena em frente de uma qualquer câmara de televisão. Às vezes mesmo em televisão estatal.

A tragédia é que as paixões podiam aparecer, passar e as coisas retomarem o fio normal da sensatez e do respeito pelos interesses das pessoas. Mas ainda a poeira não assenta e começam logo a aparecer mais apaixonados. Mesmo quando, como no momento presente, não se sabe bem de apaixonados por quê ou por quem.


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