sábado, janeiro 31, 2015

À portuguesa


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Houve um tempo em que trabalhei para uma empresa suíça, representando-a num país africano. Daí resultavam viagens frequentes a países africanos e asiáticos, pelo que sempre que o fazia pela primeira vez eu consultava a embaixada suíça que, em poucas horas, me mandava abundante e precisa informação sobre tudo o que eu precisava de saber e de observar antes de embarcar. Eficientes, profissionais e com total respeito pelos interessados.

Por cá, É DIFERENTE. Uma filha e genro resolveram ir a S. Tomé de férias. Consultaram o Portal das Comunidades Portuguesas do Ministério dos Negócios Estrangeiros e guiaram-se pela informação produzida no «site»respectivo. E hoje de manhã, chegados ao check-in e a cerca de uma hora de embarcarem é-lhes negado o embarque porque não tinham visto obtido previamente ainda em Portugal.

De pouco valeu afirmar que a informação no «site» afirmava CLARAMENTE que os vistos turísticos eram concedidos à chegada a S. Tomé. À boa maneira portuguesa, a funcionária do balcão de check-in afirmou, com ar de quem diz aquilo todos os dias, que ela sabia da informação do «site» e que em TODOS os voos para S. Tomé havia casos semelhantes, pessoas que confiavam no «site» e ficavam em terra.

É triste, é sintomático e a falta de rigor e de respeito pelos cidadãos releva claramente desta forma de sermos e de estarmos. E isso explica muita coisa. Não nos podemos queixar. A culpa é nossa.

Se este post ajudar nalguma coisa para possíveis viajantes àquele país já não é mau de todo, não acredito que o conteúdo do «site» seja actualizado nos tempos mais próximos. Provavelmente estarão ocupados a discutir as fotos das mulheres de Obama e Machete e das respectivas toilettes em países árabes.

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