sábado, fevereiro 14, 2015

Desculpas a Costa


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A Costa o que é de Costa e em obediência ao mais elementar sentido da justiça e autocensura, retrato-me aqui publicamente. Por várias vezes me referi à ponte pedonal e ciclável (ciclável dá erro aqui no corrector e também acho que não existe, mas vem assim na notícia…), reclamando do facto de ali se ter gasto uma pipa de massa, se ter obstruído o trânsito durante mais de um ano e jamais se ter lobrigado (lobrigado existe) um peãozinho ou uma bicicletinha atravessando a via (pedonal e ciclável). Pois, a verdade é só uma, como se dizia da Rádio Moscovo, os peões e as bicicletas não passavam porque a via ainda não tinha sido inaugurada.

Foi hoje. Costa aplicou um capacete e fez-se à chuva e ao vento, atravessando a ponte com galhardia e pundonor. Não sem antes ter feito um discurso com elevado sentido de Estado, onde nos explicou a importância de uma coisa qualquer nos edifícios e nas emissões, na preservação do clima. E terminou o discurso com a seguinte tirada: «…Claro, já sabemos, devemos comer menos pastéis de nata, também já sabemos que não devemos abusar dos enchidos no cozido à portuguesa, mas para além disso tudo devemos ter uma atividade que nos permita manter atividade, quer andando, quer pedalando, isso é uma forma de termos uma cidade mais saudável» Eu seja ceguinho! SIC , sintaxe e acordo ortográfico respeitados.

Tenho a certeza que a partir de amanhã é que vai ser um corrupio de bicicletas e peões entre Telheiras e Carnide. Tal como confio no aumento do consumo de pastéis de nata e do cozido à portuguesa já que, seguramente, poderemos ir reciclá-los para a pente pedonal e ciclável. Com moderadas emissões, espera-se. E peço a Costa que me releve a desatenção de ter falado no assunto, num tom crítico, antes da magna inauguração.

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1 Comments:

At 11:04 da tarde, Blogger MargaridaCF disse...

Olhe que Costa não "bicicla" só para inaugurações... Vi-o , em fim de semana de Carnaval, de lingua do fora e capacete, esforçadamente - parecia um miúdo - a dar ao pedal, subindo uma muito ingreme rampa da freguesia de S. Martinho de Sintra.
Sozinho.

 

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