sexta-feira, fevereiro 05, 2016

Simplesmente complicados





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Provavelmente numa análise demasiado simplista, tenho para mim que uma vasta maioria dos servidores públicos que chegam ao governo são reconhecidamente inexperientes e incompetentes. Em alguns casos não por culpa deles, apenas porque, como diria Jacques de la Palice, lhes falta experiência e competência, que são coisas que não se arranjam num supermercado, antes requerem mundo e oportunidade de trabalhar em exigentes condições de produtividade, competição e assertividade. Também os há venais, mas isso requer alguma competência e esperteza o que desde logo os retira da categoria que refiro atrás.

Como muitos deles ascendem a lugares que lhes conferem poder, acontece aquilo que eu reputo como uma das directas razões do tortuoso sistema em que vivemos, sempre que o poder público se entrelaça com os nossos interesses e com o sagrado princípio da nossa individualidade. E depois, há, claro, o esbulho directo e violento, muitas vezes ao arbítrio de valores que a tal incompetência, inexperiência e, como também referi, venalidade, que nos atinge, sem dó nem piedade. A cereja no topo do bolo (eu sei que é um cliché e que há quem goste mais de enfeites de morango, banana ou talhadas de pêssego, mas tradição oblige) é esta pulsão que o poder gera no governante que, incompetente, inexperiente e venal não resiste a determinar, legislar, alinear, regular, em resumo, chatear o concidadão.

Leia-se este texto do João Miranda. Entenderão melhor o que digo


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